sábado, 30 de janeiro de 2010

O que Avatar e 2012 têm em comum?

Ambos são filmes ecológicos.
Contudo, 2012 é uma distopia, ao estilo dos filmes catástofre (O dia depois de amanhã), que procura demonstrar, pelo exemplo da tragédia e do caos, as conseqüências da relação parasitaria e depredadora do ser humano com o seu ambiente.

Já Avatar surge como uma utopia, que expressa o sonho da integração simbiótica entre humanóides e natureza. Simbiose presente em todo o filme (na relação entre os na’vi e seu planeta, na união de todos os nativos, de todas as espécies, para vencer o inimigo terráqueo) e explícita na simbiose entre na’vis e humanos. Uma utopia que se assemelha muito a Matrix (mas esta relação entre Avatar e Matrix, que pode ser um dos fatores a explicar o sucesso retumbante do longa de Cameron e da Trilogia dos Irmãos Wachowski).

Em um momento em que acordos ambientais e climáticos globais parecem cada vez menos plausíveis e possíveis (devido a interesses singulares de estados desenvolvimentistas e corporações espoliativas), a utópica e simbiose parece ser o que mais da esperanças a mais e mais pessoas ao redor do globo, que vão ao cinema para vivenciar, pelo menos na ficção, uma integração homem/natureza.

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